saobentodosapucaifaus2011: Grupo 2 Noite (Turismo Cultura e Festas Populares)

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS

FAUS – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos

SÃO BENTO DO SAPUCAÍ:

Turismo, Cultura e Festas Populares

Cinthia Dalla Rosa Evangelista

Luany Costa do Carmo

Maria Fernanda Duarte

SANTOS

2011

Sumário

Apresentação

1. Turismo

1.1 Pedra do Baú

1.2 Pedra do Bauzinho

1.3 Pedra Ana Chata

1.4 Vale do Serrano

1.5 Cachoeira dos Amores

1.6 Cachoeira do Toldi

1.7 Cachoeira das Morenas

1.8 Cachoeira do Baú

2. Festas Populares

2.1 Carnaval

2.2 Semana Santa

2.3 Festa de São Benedito

2.4 Festa de São Bento

2.5 Festa Junina

2.6 Festa Nossa Senhora dos Remédios

2.7 Aniversário da Cidade

3. Cultura

3.1 Museu da Revolução de 1.932

3.2 Igreja Matriz

3.3 Igreja Nossa Senhora do Rosário

3.4 Danças Folclóricas

3.5 Padre Ronaldo de Castro

3.6 Bairro do Quilombo

3.7 Mosaicos

4. Bibliografia

APRESENTAÇÃO

Com um clima temperado na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, a cidade de São Bento do Sapucaí, nome advindo do santo padroeiro e do rio Sapucaí que corta o município, conta com pouco mais de 11 mil habitantes e é um dos municípios que integram o Circuito Mantiqueira.

A 185 km de São Paulo, o município montanhoso abriga-se à uma altitude média de 1.500 m acima do mar e apresenta matas praticamente virgens formadas de araucárias e outras árvores nativas e abriga animais silvestres como tucanos, papagaios, maritacas, beija-flores, saguis, esquilos, lobos guará, etc.

.Além de muita natureza, São Bento do Sapucaí também exibe nas estórias contadas pelos moradores mais antigos o folclore e a tradição que vem desde os tempos dos escravos, no bairro do Quilombo e permanecem até hoje.

A população sambentista é tradicionalmente católica e herdou dos antepassados a arquitetura antiga, casarões espalhados por todo o centro da cidade e uma infinidade de igrejas datadas do século XIX, que hoje possibilitam o circuito religioso, onde são preservados, em grande parte, os materiais em adobe e terra vermelha ao qual eram construídas, resgatando assim, nas imagens e pinturas, a história dos primeiros habitantes de índios, de bandeirantes e de escravos na cidade.

Para os amantes de uma boa gastronomia, a cidade paulista exala no ar o cheiro das deliciosas comidas preparadas ao estilo mineiro, com direito a fogão à lenha e temperos produzidos com produtos fresquinhos de plantio da região. Os restaurantes, que atendem a todos os paladares, dividem-se em os mais rústicos, com o preparo de comidas caipiras, até os mais requintados, com comidas e bebidas encontradas nas grandes capitais. A cidade conta com 16 restaurantes.

Este pequeno município da Serra da Mantiqueira possui também grande vocação para a agricultura e para a fruticultura, uma vez que suas terras férteis permitem o plantio de verduras, vegetais e frutas, que pelas suas variedades e qualidades, estão sendo cada vez mais requisitadas entre os turistas.

Quando o assunto é hospedar-se, a cidade está repleta de pousadas aconchegantes espalhadas por todo o município, que vão do centro até o estilo rústico ao moderno, totalizando vinte e cinco pousadas e hotéis e quatro acampamentos.

Por oferecer contato com a natureza e convívio com uma população acolhedora, que tem muita história para contar, São Bento do Sapucaí foi inspiração para que Lamartine Babo, frequentador assíduo desta cidade à sua época, compusesse a conhecida canção “No Rancho Fundo”, que traduz o sossego e as belezas desta terra localizada no alto da Serra da Mantiqueira.

1. TURISMO

1.1 Pedra do Baú

É um dos lugares mais visitados pelos turistas e fica no bairro do Paiol Grande, a 12 km da cidade. Chamava-se Pedra do M’ Baú, depois Embaú e finalmente Pedra do Baú. Lá de cima é possível avistar o Vale do Paraíba e Sul de Minas. Ela é avistada de algumas cidades do Vale do Paraíba, tendo Taubaté recebido esse nome por causa da Pedra: TABA ITA, “Lugar de onde avista-se a Pedra” .

Polo excursionista do Estado de São Paulo, a Pedra foi escalada pela primeira vez pelos irmãos Antônio e João Cortez, que construíram duas escadas. A primeira iniciada do lado do bairro do Baú, em 1943 e concluída

em 1945, tem 602 degraus. A segunda, foi construída do lado do Paiol Grande com 497 degraus, sendo 268 na própria perda e 229 de ferro. A partir de então, este conjunto rochoso vem tomando cada vez mais importância entre os locais de prática de esportes radicais como alpinismo, montanhismo, vôo de asa-delta e paraglyder (paraquedismo de montanha).

Devido às condições climáticas, as rampas do maciço são consideradas as melhores do Estado para vôo livre, e as paredes do complexo do Baú, são as principais para a prática do alpinismo. Os montanhistas podem utilizar-se das duas escadas existentes para atingir seu cume, que é um dos campos de altitude da região da Serra da Mantiqueira. No alto dos seus 2050m de altitude e 330m de altura, se encontram as ruínas do primeiro abrigo de montanha do Brasil, construído na década de 50 pelos irmãos Cortes, com a ajuda do empresário Luiz Dummont Villares. Do topo da montanha, pode-se também avistar cidades do Sul de Minhas e Vale do Paraíba.

Por:www.camarasbs.sp.gov.br/fotos/album

1.2 Pedra do Bauzinho

Esta rocha é a mais visitada do município, devido ao seu acesso ser muito fácil. De carro é possível chegar bem próximo tendo de caminhar apenas 100m por uma trilha. Seu visual é maravilhoso, podendo avistar em dias claros muitas cidades do sul de Minas Gerias e também algumas cidades do Vale do Paraíba e Mantiqueira. A grande vantagem do Bauzinho é que mesmo crianças e pessoas de idade podem visitá-la, com uma média aproximadamente de 1000 pessoas nos finais de semana.

Por:www.camarasbs.sp.gov.br/fotos/album

1.3 Pedra da Ana Chata

Esta terceira formação rochosa pertence ao complexo rochoso do Baú e reserva ao turista aventureiro algumas curiosidades muito interessantes. Chegando a sua base o aventureiro vai encontrar um amontoado de pedras formando um labirinto que leva até uma gruta escura, avistando ao fundo um ponto de luz, subindo em direção a este ponto o turista vai sair quase no topo da montanha numa trajetória de muita emoção. Seu visual também é muito bonito, principalmente a vista da Pedra do Baú, num ângulo muito diferente. Este passeio requer ao turista um preparo físico maior e o tempo de duração partindo do Bauzinho será em média de 3 horas ida e volta.

Por: www.camarasbs.sp.gov.br/fotos/album

1.4 Vale do Serra

É um vale cortado pelo Ribeirão do Serrano, que é formado a partir de vários outros riachos que desembocam nele. Ele pode ser admirado do alto do Serrano, antes de virar para o campestre. A caminhada até lá pode ser feita a pé, a cavalo, de charrete ou de carro.

1.5 Cachoeira dos Amores

No bairro do Paiol Grande, a 5 km da cidade, situada em propriedade particular. Ela recebeu esse nome devido à freqüência que casais de namorados a visitam. É formada pelas águas do Riacho do Paiol Grande e apresenta quedas com mais de 300m de altura, é um lugar muito freqüentado por causa da formação de uma piscina natural devido suas quedas, dando oportunidade dos turistas de se refrescarem.

Por:www.camarasbs.sp.gov.br/fotos/album

1.6 Cachoeira do Toldi

Distante 25 km da cidade, a estrada de acesso é íngreme e cheia de pedras. Possui uns 20m de queda e a água é abundante e límpida. Está incrustada no meio da Serra do Baú, tem mais de 200m e é a mais alta de São Bento do Sapucaí. O bairro do Toldi também é procurado pelas pessoas que gostam de fazer caminhadas e estarem em contato com a natureza.

Por:www.camarasbs.sp.gov.br/fotos/album

1.7 Cachoeira das Morenas

Situada no bairro do Canta Galo, distante da cidade 17km. Suas águas são abundantes, possuindo poços naturais e duchas.

Por:www.camarasbs.sp.gov.br/fotos/album

1.8 Cachoeira do Baú

Localizada no Baú de Cima com várias quedas d’água, num vale profundo com mata a sua volta.

Por :www.camarasbs.sp.gov.br/fotos/album

2. FESTAS POPULARES

2.1 Carnaval

É o evento mais importante do município, pois atrai um grande número de turistas e a cada ano vem aumentando. Muito procurado pelas tradições e principalmente pela questão da segurança. As famílias se divertem pelas ruas de nossa cidade em companhia dos bonecos “Zé Pereira e Maria Pereira” e seus filhos “Zezinho e Mariazinha Pereira”. Estes bonecos medem 4 metros cada um e saem 20 dias antes do Carnaval, para percorrerem as ruas da cidade e também alguns bairros. Os bonecos já se tornaram tradição e animam o Carnaval a mais de 100 anos. Seguindo os costumes, as crianças saem atrás dos bonecos, zombando e fazendo caretas, os quais dançam ao som de uma banda, fazendo assim uma grande festa.

Por: www.taffarelarte.blogspot.com

2.2 Semana Santa

A famosa e tradicional semana santa é realizada em datas móveis, conforme indicação do calendário, atraindo em sua beleza e bom gosto, pela organização realizada pelos Padres da Paróquia, turistas e visitantes de toda região. Geralmente, um grupo de teatro encena uma peça na Semana Santa. Representam a “Vida e Morte de Jesus Cristo”.

2.3 Festa de São Benedito

Realizada na 1ª segunda-feira após o Domingo de Páscoa é tradicional na cidade como a Semana Santa, atraem muitos turistas e devotos, pelo seu estilo, seguindo ainda, os moldes dos costumes antigos e “sui generis” do País. A grandiosa procissão no dia consagrado a São Benedito, percorrendo as principais ruas da cidade e acompanhada por inúmeros fiéis.

2.4 Festa de São Bento

No dia 11 de julho comemora-se o dia de São Bento, padroeiro da cidade de São Bento do Sapucaí. É feita durante os nove dias que antecedem a data da festa, Novena na Igreja Matriz, com a participação de inúmeros devotos do Santo.

Por Luany Costa - Igreja Matriz

As festas Juninas celebram Santo Antônio, São João e São Pedro, nos dias 13,24 e 29 de Junho, respectivamente. São festas de Cunho popular que hoje só existe em alguns bairros, realizadas por famílias que guardam as tradições herdadas de seus antepassados. As festas Juninas eram semelhantes á festa de Santa Cruz em sua parte religiosa, diferenciando-se pelos folguedos que as acompanhavam, como a fogueira, dança (catira e cana-verde) e música. A mais comum foi sempre a de São João, realizada no dia 24 de Junho.

2.6 Festa de Nossa Senhora dos Remédios

Comemorado no dia 15 de agosto, contando com a presença de inúmeras pessoas que vêm das cidades vizinhas prestarem homenagens a Nossa Senhora dos Remédios, essa é uma das principais festividades, devido à santa ser a padroeira da cidade. É um dia festivo, alegre com muita música e barraquinhas de comidas típicas.

Por Luany Costa Igreja N.S. dos Remédios

2.7 Aniversario da Cidade

É comemorado no dia 16 de agosto, com solene missa em ação de graças, contando com a participação das autoridades locais e os munícipes. Após a missa, um belíssimo desfile cívico percorre as principais ruas da cidade, com a participação de todas as escolas. A festa é encerrada com shows musicais e jogos de futebol. A festa de aniversário da cidade acaba sendo unida a festa da Santa padroeira, o que acaba gerando dois dias de grande festa na cidade.

3. CULTURA

A cultura regional está presente nas mais variadas formas de manifestações religiosas, artísticas e culturais. A cidade preserva vários costumes que são passados de geração a geração como festividades, danças folclóricas, artesanato e gastronomia.

Por todos os rincões da cidade, encontramos alguém manifestando sua arte, seja no uso da madeira, do barro, da fibra da bananeira, palha de milho, fios, vidros, etc., sempre respeitando a natureza com sustentabilidade.

Por Luany Costa Por Luany Costa Por Luany Costa

3.1 Museu da Revolução de 1.932

Característica: Atrativo de importância histórica, foi inaugurado em 2004 e instalado em uma casa de pau-a-pique . Conta a história da região e tem acervo da época da Revolução de 32.

3.2 Igreja Matriz

Características: A Igreja Matriz è um monumento histórico e religioso que abriga a imagem de São Bento e ostenta paredes de taipa de pilão, que evidenciam as impressões digitais dos escravos que a construíram e guardam telas de pintores famosos.

3.3 Igreja Nossa Senhora do Rosário

No terreno desta igreja foi construída a primeira igreja da cidade, em louvor a Nossa Senhora Mãe dos homens. Por volta de 1817,tentou-se erguer uma capela de pau-a-pique a margem direita do rio Sapucai Mirim para delimitar as terras paulistas. Mas devido às disputas de divisas das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais, não foi possível a sua construção, sendo construída somente em 1822. Em 1903 a ermida foi demolida. E em 1934 foi reconstruída.

3.4 Danças Folclóricas

Catira: é uma dança típica da área rural, que tem origem indígena e é conhecida desde a época colonial. O Grupo Mantiqueira da Catira de São Bento ainda mantém essa tradição.

Violeiros: a roda de viola, reunindo famílias e amigos nas fazendas e sítios, faz parte da cultura local há muitos anos. As histórias dos grupos de viola da cidade são muito parecidas, pois quase todos os instrumentistas aprenderam a tocar viola quando eram crianças com os avôs. Em geral os grupos ainda se dedicam as musicas consideradas raízes, com as modas de viola e desafios de canto. A maioria das letras retrata a vida cotidiana de quem mora no campo. Nota-se um grande interesse em preservar essa tradição, transmitindo-as para as gerações mais novas; prova disso é o expressivo número de grupos que reúnem pessoas de idades muito diferentes.

Congada: a Congada é uma dança típica da zona rural, praticada inicialmente por escravos. Era comum nas festas dos negros que se apresentavam dançando em homenagem a algum santo de devoção e para expressar a alegria pela abolição. Em nossa região a congada teve inicio no bairro dos Martins, no município de Gonçalves. Em São Bento do Sapucaí, a tradição foi trazida pela avó de Dona Luzia Maria da Cruz, senhora setuagenária, residente no bairro do Quilombo, comunidade que conta com um grande numero de descendentes de escravos.

Atualmente ela mantém a tradição entre seus familiares e agrega as novas gerações que passam a integrar o grupo.A Congada de São Bento do Sapucaí Homenageia São Benedito, santo considerado padroeiro dos escravos. É dançada todo dia 13 de maio e também em outras festividades para as quais o grupo é convidado.

3.5 Padre Ronaldo de Castro

Uma das principais figuras que representa o artesanato na cidade é o padre Ronaldo de Castro, da Igreja Matriz.

Em sua casa existe um atelier de artesanato onde o principal material de trabalho são vidros reciclados. O padre oferece um curso como terapia para as pessoas com deficiência, depressão ou outros problemas emocionais. Lá as pessoas aprendem a manusear o vidro em todas as formas, produzindo diversos objetos decorativos, como espelhos, biombos, luminárias, entre outros. Os vidros utilizados na confecção dos objetos são na sua grande maioria doados pela própria população da cidade.

Na loja que existe ao lado do atelier os objetos são vendidos para turistas e cidadãos locais, com a renda revertida para a terapia, ou para a obtenção de novos materiais ou para a igreja.

O nome dado para esse atelier terapêutico é Fiat Lux, que em latim significa Faça-se a luz (palavras pelas quais, segundo o Gênesis, 1, 3, Deus criou a luz). O nome colocado representa a ajuda dada por ele as pessoas em tera

Por Rau Leutz

3.6 Bairro do Quilombo

Quilombo é um pequeno bairro que manteve suas características desde a sua formação em 1888, quando terras foram doadas para ex-escravos em torno da Igreja Nossa Senhora da Conceição Imaculada.

Neste bairro, o artesanato flora nas talentosas mãos de pessoas simples que vivem no campo e que hoje perpetuam, em suas obras, os costumes de época. O artesanato vai desde as obras em madeira inteiriça, conhecidas internacionalmente, de Ditinho Joana, até a fabricação manual de carros de boi, cadeiras, bonecas e daqueles que transformam madeiras em pilões e gamelas. Também se encontram no bairro artesãos que trabalham com tintura em tecido, palha, argila, além de doces e conservas típicas.

O artesanato do quilombo é encontrado por toda a cidade, nas lojas para serem comercializados, na decoração de restaurantes e hotéis, e também na decoração das casas locais.

O mestre escultor, Benedito da Silva Santos, o Ditinho Joana, conhecido nacional e internacionalmente, reforça a paixão pelo passado, retratando em suas esculturas em madeira o dia a dia do homem do campo, que sai todas as manhãs para trabalhar com o gado, com a lavoura, utilizando sempre o sapatão desgastado como característica. Sapatão este que se transformou na marca registrada do trabalho deste grande escultor. A vocação artesanal dos moradores do bairro não para por aí. A Associação dos Artesãos do Bairro do Quilombo intitulada “Arte no Quilombo”, abriga o trabalho de vários artesãos do bairro, com destaque para peças utilizando a palha de bananeira.

Por:www.identidadesaobento.blogspot.com

3.7 Mosaicos

São encontrados também na cidade trabalhos a base de mosaicos, do artista Ângelo Milani, na Capelinha Santa Cruz e no muro da escola E.E. Dr. Genésio Cândido Pereira e peças feitas a partir do cobre, do artista Expedito Folheiro.