São Bento do Sapucaí
São Bento do Sapucaí esta situado no trecho leste do estado de São Paulo, a 182 km de São Paulo, no coração da serra da Mantiqueira. O município faz divisa com o sul do estado de Minas Gerais e tem aproximadamente 15.000 habitantes.
Sua topografia montanhosa e sua vegetação farta proporcionam um clima temperado.
O rio Sapucaí, rota do bandeirismo taubateano, e a pedra do baú são os pontos geográficos de maior relevância do município.
São Bento conta com muitos picos, cachoeiras e trechos montanhosos que formam uma paisagem deslumbrante, o Vale do Sapucaí.
No passado, a economia apoiou-se no café e no fumo, representados na bandeira da cidade. Hoje, a banana destaca-se na produção agrícola. Há ainda a criação de gado, especialmente leiteiro. Dada a beleza natural da região, o turismo desponta como uma possibilidade de desenvolvimento econômico, sobretudo para os jovens; cresce o numero de pousadas, hotéis e restaurantes, assim como de residências secundarias que passam a oferecer empregos tanto na área de construção quanto na área de prestação de serviços.
Historia
O surgimento de São Bento do Sapucaí, primeiramente batizada Terras Altas do Sapucaí, foi impulsionado pelo bandeirismo e a mineração. Acreditava-se que a região ocultava uma grande oportunidade para a extração de ouro, o que foi o principal atrativo para a vinda dos sertanistas da região, dentre eles, Gaspar Vaz da Cunha, o Oyaguara, um dos primeiros a chegar às serranias do alto da Mantiqueira, juntamente com outros bandeirantes.
Entusiasmado com o solo fértil e o clima temperado que a região propiciava, Oyaguara passou a convidar pessoas de São Paulo e Minas Gerais para se estabelecerem ali e assim deu-se início ao povoamento.
Aos poucos, com o declínio da exploração do ouro, os desbravadores foram percebendo a riqueza do solo das Terras Altas do Sapucaí. Assim, o cultivo do fumo, da cana-de-açúcar e do café foi dando espaço ao crescimento do lugarejo que, após ter sido elevado à categoria de Freguesia, no ano de 1832, passou à Vila, em 1858, e quase uma década depois, tornou-se Cidade pela Lei nº 48, tornando-se Estância Climática em 26 de janeiro de 1976.
São Bento do Sapucaí ilustra ainda em sua história um papel importante na Revolução Constitucional de 1932, tendo sido palco de combates travados entre paulistas e mineiros. O estado de Minas Gerais decidiu então, no último minuto, se aliar a Getúlio Vargas e permitiu que seu território, o qual faz divisa com São Paulo ao sul e ao oeste, fosse usado pelas tropas federais de Vargas no combate aos paulistas.
O Museu da Revolução de 1932, inaugurado em 2004, foi instalado em uma casa construída em pau-a-pique, que fica em cima de uma trincheira original da Revolução Constitucionalista de 1932, no Morro do Quilombo, em SBS. Ele conta a história do lugar e tem um acervo que traz fotos, objetos e armas da Revolução de 32, encontrados na região. Nas páginas atuais de sua história, SBS encontra no cultivo da banana e na pecuária os seus carros-chefes para a economia local. Porém, o turismo tem se apresentado como um grande aliado da cidade, a qual tem muito a oferecer aos turistas que a visitam.
Patrimônio Arquitetônico
O estilo dos velhos casarões sambentista, moradias em geral, baixas, de um andar, simples e austeras na sua concepção e ornamentação, de porta e janelas simétricas dispostas e junto à rua, construídas de pau-a-pique, as mais modernas, e de pedra-e-cal as mais ricas, cobertas por telhados adequadas facilmente encontradas na mata, como sapucaia, sucupira, pau-ferro, canela-preta e outras. Nesse tipo de construção, as paredes possuíam de 20 a 30 cm de espessura, erguidas com a técnica do adobe, ou taipa de mão. Para receber a estrutura que receberia o barro misturado com estrume de vaca, as ripas eram amarradas com correias de couro e cipós ou pregadas, enquanto os esteiros e madeiramento do telhado eram de madeira roliça. Poucas dessas casas tinham porão e o piso dos cômodos, geralmente, era plano e de chão batido. Para cobri-las, o sape amarrado em ripas, galhos ou bambus, antes que viesse a ser substituído pelas telhas de cana Na construção das residências mais ricas, urbanas e rurais, usavam-se alicerces de pedra e a técnica pedra-e-cal nas paredes de sustentação. Em algumas dessas casas empregava-se já o papel de parede no acabamento de quartos e sala; em outras, cal e tabatinga continuavam a ser usadas na pintura, predominando o branco e o azul para as janelas e portas de madeira, raramente aparecendo cores como o laranja e o verde. Barras coloridas no interior das residências começaram a tornar-se comuns na arquitetura mais refinada, ao mesmo tempo em que o uso de ladrilhos no piso da cozinha e a introdução de vidraças nas janelas já indicavam luxo e abastança.
A evolução arquitetônica acompanhou as mudanças na condição econômica das famílias.
Nas moradias mais pobres, o pau-a-pique e a cobertura de sape deram lugar aos tijolos e as telhas de barro conforme crescia o poder aquisitivo, mantendo se porem a modéstia e a simplicidade do teto baixo, dos cômodos pequenos, das janelas de madeira, do chão batido em boa parte da moradia. Nas casas mais ricas, o pé-direito mais alto ou mesmo um segundo andar, as varandas ou alpendres, as janelas envidraçadas e adornadas, o interior forrado e assoalhado, melhor dividido e ornamentado, ainda com o quarto das mocas contiguo ao dos pais e resguardado da rua, eram sinais de transformação no modo de viver e morar de uma pequena cidade que, mesmo a distancia, procurava acompanhar as tendências arquitetônicas dos grandes centros.
Bibliografia
http://www.saobentodosapucaisp.com.br/historia.html
http://www.agoravale.com.br/cidadesdaregiao/dados.asp?cidade=35&topico=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Bento_do_Sapuca%C3%AD
Almanaque de Sao Bento do Sapucai
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